Este artigo discute os potenciais riscos da exposição à luz na retina após a cirurgia de catarata e soluções foto protetoras.
Os riscos da exposição ocular à luz são uma preocupação atual dos profissionais de saúde, a luz pode ser a do meio ambiente, o sol, ou da tecnologia, tablets, telemóveis e computadores.
A tecnologia da cirurgia de catarata tem evoluído continuamente para permitir resultados mais seguros e mais previsíveis. Os avanços não são apenas ao nível de testes pré-operatórios e intraoperatórios, mas também incluem a cirurgia de catarata assistida por laser de femtosegundo (FLACS) e as melhorias nas lentes intraoculares (LIO)
Na cirurgia das cataratas, o cristalino envelhecido e amarelado é removido e substituído por uma LIO. As LIO foram modificadas com o passar do tempo, para tentar compensar as propriedades da lente da cristalina removida. As LIO transparentes bloqueadores de UV têm sido amplamente aceites, mais tarde, descobriu-se que a exposição à luz azul também contribui para as lesões na retina, o que levou à introdução de LIO bloqueadoras da luz azul.
Ao contrário das LIO bloqueadoras de UV simples, estas lentes têm causado debate devido ao seu benefício foto protetor nos seres humanos e pelo seu impacto no ritmo circadiano, visão escotópica e cromática.
Utilizadores entusiásticos alegam que há diminuição do risco de degenerescência macular da idade (DMI), redução do encadeamento e melhoria da foto stress, sem comprometer a perceção de contraste, visão cromática, visão escotópica, sensibilidade ao contraste e ritmo circadiano. Os oponentes relatam que não há evidência do aumento da foto proteção contra a DMI e o impacto negativo em fatores sensoriais e fisiológicos. Embora ainda não tenha sido definitivamente provado que as LIO bloqueadoras de azul são foto protetoras nos seres humanos, a maior parte dos estudos que as envolve não mostraram alterações na visão escotópica, visão cromática e contraste ou no ritmo circadiano, tornando seguro optar pelas LIO bloqueadoras de azul.
A substituição do cristalino natural por um implante de LIO aumenta a exposição da retina à luz visível e UV.
Muitos modelos experimentais demonstram suscetibilidade retiniana à exposição à luz e ao perigo da luz azul. A luz é prejudicial sobre os fotorrecetores e o EPR, o que pode provocar lesões celulares. Estudos recentes mostraram lesões retinianas após a exposição aos ubíquos LEDs por indução de stress oxidativo.
Relativamente à associação entre a exposição à luz e a doença retiniana, a principal atenção tem sido na DMI, mas alguns estudos também se têm focado na presença de retinopatia pré-existente e nas doenças da retina hereditárias.
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Tags: Cataratas, saúde ocular